quarta-feira, 30 de junho de 2010

Como afirma Pierre Levy:

“Não quero de forma alguma dar a impressão de que tudo o que é feito com as redes digitais seja bom. Isso seria tão absurdo quanto supor que todos os filmes sejam excelentes.
Peço apenas que permaneçamos abertos, benevolentes, receptivos em relação à novidade. Que tentemos compreendê-la, pois a
verdadeira questão não é ser contra ou a favor, mas sim reconhecer as mudanças qualitativas na ecologia dos signos, o ambiente inédito que resulta da extensão das novas redes de comunicação para a vida social e cultural. Apenas dessa forma seremos capazes de desenvolver estas novas tecnologias dentro de uma perspectiva humanista.”

A Evolução dos suportes

Desde o início da humanidade, o ser humano tem a necessidade de se comunicar. Como forma de eternizar as informações, o homem teve como primeiro suporte as paredes das cavernas, nas quais conseguia desenhar aquilo que queria guardar.
Com os avanços das civilizações, veio a descoberta de outros materiais utilizados como suporte para essa comunicação antes mesmo da descoberta do papel: madeira, metal, pele, seda. Os mais importantes, porém, pela difusão e pelos documentos transmitidos até hoje, foram o papiro que era extraído de uma planta, e o pergaminho, obtido da pele animal, com tratamento variado.
De todas as invenções do mundo antigo, poucas podem se comparar ao papel e a impressão, ambas ocorridas na China, e mais tarde desenvolvidas por outros países da Europa. Responsável pela propagação da educação e difusão do conhecimento, a produção industrial de papéis reduziu o custo dos livros, facilitou o transporte e distribuição, além de forçar um sistema de impressão mais eficaz e cada vez mais acessível à sociedade proporcionando maior acesso à informação e maior interação com o mundo e os indivíduos.
Com o passar dos anos, o que muda, transforma ou é recriado são as formas de se comunicar.
Com os avanços na tecnologia e o crescimento da indústria gráfica, pode-se afirmar que hoje existem vários tipos de suporte para comunicação. Dentre eles, sem dúvida, o papel constitui o mais importante e mais amplamente utilizado. São inúmeros os tipos de papéis. Tem-se até papel comestível hoje, com cheiro e textura. Tudo para dar novas sensações aos leitores, fazê-los interagir mais com a peça gráfica e disponibilizar mais praticidade e beleza ao suporte gráfico.
Além do papel, atualmente surgem os suportes digitais, que oferecem um novo desafio aos leitores: partilhar sua opinião! Nessa nova era tecnológica, todos podem ser autores e público, pois foram criadas e disponibilizadas ferramentas para que isso aconteça e de forma instantânea, como por exemplo, os blogs,o Orkut, e mais recentemente, o Twitter. Essa sim foi uma revolução: a internet dando a possibilidade dos que até então apenas recebiam as notícias, poderem opinar, criticar, sugerir e publicar suas informações.

História do Surgimento da WEB

Antes da WWW, a internet era apenas usada nas universidades e pelo exército americano para testes, estudos, trocas de informações e arquivos, visto que a internet não era democrática como hoje que pessoas de várias partes do mundo se conhecem, jornais podem publicar matérias sobre um determinado fato e esse ser acessado por várias pessoas de diversos lugares do mundo. Toda essa democratização da internet devemos ao engenheiro de software Tim Berners-Lee, considerado o inventor da web.
Em 1989, Tim Berners-Lee, que trabalhava no Laboratório de Física de Partículas Europeu, propôs a criação de um espaço global aonde se trafegassem HyperText, um documento de texto simples que poderia levar qualquer informação através da rede, documento que conhecemos hoje como HTML.
Em 1990, Tim Berners-Lee escreve um programa chamado “WorldWideWeb”, o primeiro navegador um software capaz de interpretar todo documento de HyperText e mostrar as devidas informações ao usuário. Esta era a única maneira de ver a Web. Logo após esse software foi rebatizado de Nexus. Para que não houvesse confusão entre o software interpretador e o documento de informação, pois os dois, a princípio, eram conhecidos como WorldWideWeb.
Também em 1991, para que pudesse navegar em documentos através dos hyperLinks, surge os primeiro servidor web, nos quais se armazenava o documento de HyperText e toda vez que se clicava em um HyperLink era feita uma requisição ao navegador daquele documento.

Blogs, sites e sua interatividade

Interatividade é um conceito muito utilizado nas Ciências da Comunicação como um tipo de relação estabelecida entre homem e máquina, a qual implica uma reciprocidade nas trocas.
Tal processo permite diálogo entre emissor e receptor, tornando os indivíduos, ao mesmo tempo, produtores e consumidores de mensagens. Portanto, a comunicação deixa de ser linear e de mão única, sendo a mensagem vigente relacionada com as trocadas anteriormente e, também, com as seguintes, o que propicia mais interação, hiper-interação, bidirecionalidade, participação e intervenção.
São exemplos de sites e blogs interativos o site da Cabanha Butiá, a Arena Interativa sugeriu uma novidade para a empresa. Com o intuito de interatividade, poderia ser realizada uma campanha em que os próprios internautas sugerissem os nomes dos Cavalos Crioulo recém-nascidos. O intuito era não somente fazer um site mais interativo, e sim, fazer com que cada cliente ou internauta sentisse um pouquinho “dono” da empresa, dando uma pequena contribuição e estreitando o relacionamento. Isso é um ótimo exemplo de interatividade.


A internet tem um potencial monstruoso para trazer os clientes para dentro da empresa, com pequenas ou grandes ações. Esse é um dos principais valores que a Arena Interativa preza a interatividade. Por isso, temos interatividade até no nome.
Cartoon Doll Emporium - Um mundo virtual que desperta a criatividade das meninas, com milhares de opções para vestir as personagens do programa, as quais podem interagir entre si.

Second Life – Um mundo virtual e tridimensional simula a vida real e social do ser humano, possibilitando os usuários, chamados de residentes, de interagir e socializar uns com os outros, explorar ambientes, participar de atividades individuais e em grupo, criar e comercializar propriedades virtuais e serviços, além de viajar ao redor do mundo.

WeeWorld – Uma rede social construída para diversão, na qual o usuário pode encontrar e interagir com WeeMees, personagens criados com a aparência do criador, convidar amigos, enviar mensagens, jogar e criar sua própria página de desenho online.

Rapidez de upload e sites de host

Quando navegamos pela Internet, estamos fazendo download e upload praticamente o tempo todo. Download é um termo com o qual os usuários estão acostumados, pois o utilizam quase todos os dias. Mas você sabe o que é upload? Upload é o contrário de download, ou seja, é o ato de enviar um arquivo para a Internet. Quando você envia um arquivo para um site, seja música, vídeo, texto, etc., está na verdade fazendo um upload.
Ao abrir uma página, mesmo sem perceber, estamos fazendo download e upload quase simultaneamente. Como? Ao acessar um site, o texto e imagens começam a ser carregados para serem exibidos, ou seja, é o download do conteúdo. Quando a página termina de carregar, um aviso é enviado ao servidor informando que tudo foi recebido corretamente, portanto, é o upload de informações. Conversar por voz e imagem através de programas VoIP, ou mesmo do MSN também pode ser considerado uma forma de upload e download, afinal você está enviando informações para que outra pessoa e ela, por usa vez, para você.
Hospedagem de Sites ou alojamento de sites é um serviço que possibilita a pessoas ou empresas com sistemas online a guardar informações, imagens, vídeo, ou qualquer conteúdo acessível por Web. Provedores de hospedagem de sites tipicamente são empresas que fornecem um espaço em seus servidores e conexão à internet a estes dados aos seus clientes.
Para acessar um site geralmente é necessário um domínio, alguns provedores disponibilizam um subdomínio gratuitamente, mas o ideal é registrar um domínio, o que pode ser feito no http://registro.br para domínios com final.br ou em empresas específicas que registram domínios internacionais. Alguns provedores oferecem também o serviço de registro de domínios. Hospedagem pode ser divida em seis tipos genéricos: gratuita, partilhada, revenda, servidor virtual (VPS), dedicado e co-location.

Sociedade Pós-Moderna

Desde 1950, a sociedade passava por uma transformação, propiciada pela Revolução Industrial, na qual o controle deixou de ser dos artesãos e passou para as mãos dos proprietários das fábricas. Estes, por sua vez, passaram a produzir tudo em grande escala.
Isso despertou o início da nossa sociedade consumista, sociedade esta definida pela professora Elizabeth Silveira Schmidt como “Sociedade do Conhecimento”. Segundo ela, trata-se de uma nova forma de conhecer e interpretar o mundo capitalista, no qual a principal moeda já não é mais o dinheiro, mas sim o conhecimento. O conhecimento é produzido, aprendido, transmitido, aplicado e enriquecido pelo ser humano, o que coloca a pessoa no centro dessa nova ordem.
A modernidade que é caracterizada por um ideal de tornar tudo claro, com um sentido único, vê-se fragmentada pela pluralização, em que cada veículo tem o seu próprio ponto de vista.
A pluralização dos pontos de vista possibilitada pelos meios eletrônicos de massa provoca o fim do sentido unitário da história.
A tão almejada transparência termina por revelar-se múltipla, inapreensível na sua totalidade, e percebemos que não há nada por trás, não há uma verdade a ser descoberta.
Para a semióloga Lúcia Santaella, a introdução de novas tecnologias permitiram ao usuário/ receptor/ consumidor uma relação menos passiva com os meios de comunicação de massa. Afinal, torna-se possível copiar, editar, gravar, criar, interagir, reproduzir e produzir, ainda que os custos, em termos de tempo e dinheiro, não fossem insignificantes.
As novas formas de consumo da televisão, possibilitaram o surgimento de uma produção cultural mais segmentada e específica, dando ao consumidor maior liberdade de escolha.
O fato de que nem todos assistem a mesma coisa simultaneamente e que cada cultura e grupo social tem um relacionamento específico com o sistema da mídia faz uma diferença fundamental, segundo Santaella.
Tal fenômeno de certo modo, atingiu todos os meios de comunicação de massa; a multiplicação de revistas, jornais e rádios cada vez mais especializados e direcionados a um público definido, reconhecendo, na massa, segmentos diversos, e fomentando uma crescente diferenciação. Hoje é impossível enxergar a massa como um todo homogêneo e impessoal. Já não estamos mais na cultura massificada, de produção padronizada e indiferente às particularidades.
Estamos vivenciando um mundo de crescente pluralismo e descentralização, onde a passividade já não predomina nos fluxos comunicativos.

Teoria da Complexidade

A ciência tradicional não pode explicar de maneira lógica as relações e inter-relações de um todo e de suas partes e vice-versa. Como contraponto, caracteriza-se o pensamento complexo, pois a realidade não é lógica. Para o antropólogo e filósofo Edgar Morin, a complexidade denomina-se a “ordem dentro da desordem” ou a “certeza da incerteza”.
A complexidade defendida por Edgar Morin se refere principalmente à área científica. Foram quase três séculos de determinismo, de racionalismo e de uma verdade que era dita pelo experimento científico, e que com o avanço da própria ciência as verdades se alteram.
Acreditava em uma relação mecânica entre ser humano e o mundo, e que tudo isso poderia ser explicado. A ciência nova surge esclarecendo que o ser humano não é mecânico, que ele também vive de incertezas e de desordem.
Quando Edgar Morin expõe o seu pensamento complexo, alerta para a própria existência da complexidade, contrapondo-se ao convencionalismo científico. Conclui que em um sistema aparentemente caótico, o mundo se auto-regula e se auto-organiza. A organização e sistematização do real é uma construção estritamente humana.